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As Pontes de Madison, Teatro e Literatura


Quando eu soube que a peça As Pontes de Madison estaria em cartaz em Campo Grande eu procurei ler o livro para conhecer a história antes de assistir.

Sempre se cria muita expectativa quando se lê o livro antes de ver o filme ou espet­­áculo de teatro, mas eu prefiro.

Eu vi a peça na última quarta-feira (24/10/2012) e li o livro na madrugada anterior.

O espetáculo tem direção de Regina Galdino e adaptação do texto por Alexandre Tenórioteve, além de um excelente elenco em cena, formado pelos atores Mayara Magri interpretando Francesca e Flávio Galvão no papel de Robert Kincaid, além de Jerusa Franco e Paulo de Almeida interpretando os filhos do casal.

O elenco conseguiu transmitir o perfil de cada personagem, mas de acordo a adaptação do texto, e aí é que está o problema, na adaptação do texto.

A adaptação transformou um livro que fala sobre a sensibilidade, sobre o amor, e como escolhemos viver a vida, se regidos por um regime cultural ou se guiados pelo nosso espírito, Robert Kincaid, era um espírito livre, poeta, fotógrafo, viajante, não tinha um lugar fixo e do seu único casamento só lhe restava uma viola e referências folk, muito antes de folk ser modinha, tinha algo de cigano, Francesca Johnson, era uma mulher culta, formada em literatura comparada, amante de poesia e das coisas simples, dos detalhes, embora vivesse numa eterna clausura como matriarca de uma família tipicamente caipira, mas enfim, eu não vi isso na peça, transformaram numa história sobre uma dona de casa que se encanta por um galanteador viajante, algo sobre casamento, traição e desejos ocultos, amores impossíveis, e usaram um pouco de humor.


Eu tenho visto muito disso ultimamente, usar humor em tudo. Na época que eu fazia teatro, fazer humor era mais difícil que o drama, hoje eu penso o contrário.

Embora eu não tenha gostado da adaptação do texto, não posso dizer que não gostei do espetáculo, havia sim uma história bem interpretada e uma mensagem que saiu do livro, fragmento de uma grande obra de Robert James Waller que foi capaz de entreter e emocionar o público. Agora sobre a técnica teatral deixo aos críticos, me cabe falar de experiências.

Sobre as Pontes de Madison ainda há um filme, que eu ainda não vi, e não faço ideia de como é a leitura de Eastwood, o diretor, mas estou realmente muito curioso e farei isso no fim de semana.

Vejam a peça se tiverem oportunidade, e leiam o livro depois.

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EVERTON SOUZA
Publicitário, amante de música, poesia, café e bolachas de chopp. | @evertonssouza | facebook.com/evertonssouza

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