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Sarau dos Amigos

Sarau dos Amigos. Foto: Everson Tavares


Na última quinta-feira, 25/11, eu estive pela primeira vez no Sarau dos Amigos, que acontece toda última quinta-feira do mês na casa do ator e jornalista Eduardo Romero, no Universitário em Campo Grande.

Eu não cheguei cedo o suficiente para conhecer o espaço vazio, o que me alegrou, também não sai tarde demais para não ter essa miragem. A casa estava cheia. Cheia de pessoas ouvintes, amigos da comunidade, olhos atentos, almas vagantes, contemplando as atrações da noite.

Os artistas convidados expressaram suas mensagens através da música, da mágica, cinema, serigrafia ou designer de moda em lona, mas para mim a grande atração foi o modo como isso tudo é usado no Sarau dos Amigos para proclamar à comunidade como é simples fazer arte, como é simples se expressar, compor sentidos ao sentimento através da arte.

Tudo ali é muito puro, desde a recepção cuja entrada é um quilo de alimento não perecível destinado à filantropia, passando pelas artes expostas e à venda, valorizando e colaborando com os artistas, até chegar aos fundos da casa, onde uma plateia contempla amorosamente uma face amiga dizendo a que veio, mostrando sua arte.

Eu estava acostumado com encontros entre poetas, músicos, dançarinos, literários e toda sorte de artesão cultural, e a esse encontro denominar sarau. Ao encontro entre palco e plateia eu estava habituado chamar de mostra, show, espetáculo. Naquela quinta-feira eu quebrei um pré-conceito, e pude sentir que aquele encontro, aquele diálogo era necessário para a libertação de espíritos presos ao medo, à desconfiança, tirar novos artistas da gaiola.

Numa outra oportunidade eu voltarei a esta casa, nesse encontro de toda última quinta-feira do mês, para dessa vez escrever sobre os artistas, sobre as figuras da comunidade e seus sentidos e sentimentos. Mas hoje não, hoje eu escrevo pelo motivo que faz meu pulso ir mais forte, pensando sobre o papel social e cultural do evento em si, da função nobre do Sarau dos Amigos, que na sua formação valoriza a arte, expõe e exemplifica a simplicidade do Ser de ser artista. Esse é sem dúvida um diálogo entre a arte e o público, tornando-os um só.



Viviane, Eu e Bruna no Sarau dos Amigos. Foto: Papo Livre

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EVERTON SOUZA
Publicitário, amante de música, poesia, café e bolachas de chopp. | @evertonssouza | facebook.com/evertonssouza

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