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A incrível literatura de Arthur Rimbaud

“Eu havia sido condenado pelo arco-íris. A felicidade era a minha fatalidade, o meu remorso, o meu verme: a minha vida sempre seria demasiado imensa para dedicá-la à força e à beleza.” – Arthur Rimbaud em Uma temporada no Inferno.

Arthur Rimbaud (1854-1891) foi um jovem poeta francês que escreveu toda a sua obra, algo sobre 20 livros, entre os 15 e 21 anos de idade, e isso foi o suficiente para se considerado “um dos maiores poetas franceses de todos os tempos”, e é apontado por ter influenciado através da sua obra grandes escritores dos séculos XIX e XX. Rimbaud era inquieto, teve uma vida intensa e rebelde.


Eu li dois livros dele, “Uma temporada no Inferno” que escreveu aos 19 anos, e "Iluminuras" ou "Iluminações" que escreveu aos 20. De verdade, eu já era fã dele pela vida boemia que levava, e pelo relacionamento homossexual conturbado que teve com o também poeta Paul Verlaine, que você pode conhecer mais no filme Total Eclipse de 1995 com direção de Agnieszka Holland, Leonardo DiCaprio como Rimbaud e David Thewlis como Verlaine.

“Exilado aqui, tive um palco onde encenar as obras-primas dramáticas de todas as literaturas. Eu te mostraria as riquezas inauditas. Observo a história dos tesouros que encontrastes. Eu vejo a seqüência! Minha sabedoria é tão orgulhosa quanto o caos. Que é meu nada, perto do estupor que te espera?” - Arthur Rimbaud em Iluminuras.

Ler Rimbaud traz uma tempestade cerebral. É algo como verso em prosa, com agressividade e muita eloquência. O que ele escreveu é intemporal, e trazendo vestígios de sua existência naquele momento da vida, justifica muito de seu comportamento [“Tive que viajar, distrair os encantamentos concentrados em meu cérebro”, em Uma temporada no Inferno], tanto nas viagens de fuga de si mesmo e da condenação da massa, quanto da desistência e abnegação do prazer, o que em minha opinião o levou a desistir da literatura, ser traficante na África e nunca mais produzir algo de valor literário, nem mesmo um verso nas cartas à família.


“Tudo fiz para que se desvanecesse em meu espírito a esperança humana. Como um animal feroz, investi cegamente contra a alegria para estrangulá-la.” – Arthur Rimbaud em Uma temporada no Inferno.

Paul Verlaine & Arthur Rimbaud

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