-“Você
vê aquelas estrelas brilhantes surgindo no céu? Pelo que sabemos, elas podem
ter desaparecido milhões de anos atrás e a luz que estamos vendo demorou outros
milhões de anos para nos alcançar”, diz a
personagem de Mia.
-“Então
está dizendo que as estrelas não estão lá?”, preocupa-se Woody.
-“Estou
dizendo que elas podem não estar lá.
-
“Mesmo eu vendo com meus próprios olhos? (...) Isso me preocupa, quando eu vejo
uma coisa, gosto de saber que ela está realmente lá. De outra forma uma pessoa
pode sentar-se em uma cadeira e quebrar o pescoço!”
Se Kleiman pudesse prever o que o céu lhe
traria naquela noite em Neblina e Sombras (Shadows and Fog, 1991), talvez o
destino dos personagens seria diferente. Sem sombra de dúvidas – se me permitem
o trocadilho – se Woody imaginasse uma fração do seu futuro matrimônio com o
Mia, talvez evitasse contracenar tantos papéis apaixonados.
O céu com suas luas, estrelas e tudo o mais
preocupa as pessoas muito antes do personagem de Woody. A humanidade só dominou
o planeta porque aprendeu a olhar no céu a época certa para plantar. Tem mais, você
não estaria lendo esse texto se um navegante maluco não tivesse “aprendido” uma
rota alternativa para as Índias olhando o movimento dos astros. O céu nos
ensina centenas de coisas, especialmente sobre relacionamentos.
Descobrir seu mapa astral e a compatibilidade
de signos entre você e a pessoa amada pode ser uma boa para prever o futuro
do relacionamento. Ou, no meu caso, pode ser terrível. Fiquei mais preocupado
que Kleiman quando a astróloga disse: “iiiiih, com esse seu Mercúrio você vai
sofrer na mão dessa menina”.
Era o começo e tudo estava perfeito, como
assim iria sofrer por causa de um Mercúrio? De repente me senti sentando na
cadeira intangível do personagem do Woody novamente. Aprendi com Raul Seixas a respeitar
os astrólogos e se aquela conceituada profissional estava dizendo, deveria ser
verdade. Nesse instante, fiz o que toda pessoa sensata faria diante de um
prognóstico ruim:
Pesquisei no Google.
Aprendi três coisas fundamentais sobre
relacionamentos e astrologia que você precisa saber para evitar cair nas
armadilhas do destino. Vamos por partes:
1 – É fácil descobrir signos solares compatíveis
1 – É fácil descobrir signos solares compatíveis
É bem fácil ver se um signo é complementar
ou oposto ou seu. Faça um cálculo simples: conte a partir do seu signo até
chegar no sétimo signo – esse é o complementar. Por exemplo, eu sou ariano e a
sétima casa a conta da minha é Libra (por isso eu me dou bem com meu irmão,
#sqn).
Apesar de todo mundo achar que signo solar
é importante, os aspectos dos planetas, a posição de marte e mercúrio e a
relação dos dois mapas astrais do casal é o que define a real compatibilidade
de signos. Exatamente por isso não é garantia de um libriano e um ariano se
darem tão bem – na real eu e meu irmão combinamos tipo Batman e Asa Noturna.
3 – Existem diferenças entre signo solar e
ascendente.
Sabe aquela velha cantada do “Hey, moça,
qual seu signo? Peraê, vou adivinhar. Deve ser leão porque você tem ar de
líder. Sabe o que é melhor, combina com o meu!”? Pois então, não passa de uma
cantada barata (não, eu não uso). Tecnicamente, seu signo solar é
quem você é por dentro enquanto seu ascendente revela suas características
comportamentais. Não faz sentido adivinhar o signo solar baseando-se no comportamento
da pessoa (esse seria o ascendente) – e na compatibilidade de signos, ambos são
importantes mas Marte e Mercúrio são bem mais.
4 – Não existem signos incompatíveis
Ufa! Essa salvou meu relacionamento. Fiquei
mais feliz do que o Kleiman no final do filme (assista pra ver). Na verdade,
não existem signos incompatíveis mas signos com pouca compatibilidade. Por
isso, mesmo se o seu mercúrio causar problemas, o que realmente importa é quão
dispostos os dois estão para manter a relação.