Quem
assistiu Nosferatu (1922, Murnau),
certamente vai gostar de Shadow of the
Vampire (2000, E. Elias Merhige).
A
película conta a história do cineasta Friedrich
Wilhelm Murnau que não recebendo a autorização para filmar Drácula, substitui o nome do
personagem, faz adaptações e cria o filme de vampiro mais realista e consagrado
da história, Nosferatu.
A
história que deveria narrar os bastidores das filmagens de Nosferatu, cria sua própria trama de suspense, fazendo nossos
sentidos misturarem entre o real e a ficção. Merhige nos convence de que Murnau
pôs toda a sua equipe em risco contratando um vampiro para gravar Nosferatu, e todas as cenas do filme de
1922 fazem mais sentido ainda.
É
um filme que assim como Ed Wood (1994, Tim Burton) mostra as dificuldades que
os diretores passam diante de investidores, equipamento, adaptações, etc. No
entanto, muito longe deste exemplo, Murnau
fez prevalecer as suas ideias, e é considerado um grande cineasta, que mudou o
modelo estético que existia antes dele.
Em
Shadow of the Vampire é possível
observar a preocupação com iluminação, enquadramento, velocidade da cena, além
de outras preocupações estéticas durante a gravação de Nosferatu.
Este
filme realmente te coloca na sombra do
vampiro, e te deixa com uma pulga atrás da orelha.
_____________________________________________________________________________________________________
EVERTON SOUZA
Publicitário, amante de música, poesia, café e bolachas de chopp.