O
melhor e-reader de todos os tempos é o Kindle. Esta é uma opinião
pessoal, definida a partir de experiências incríveis com um Kindle
desde que o comprei há dois anos. Nunca tive experiências com o
Kobo ou o Lev, estou satisfeito com o Kindle e isso o torna o melhor
e-reader do mundo, para mim.
Para
quem não sabe, existem aparelhos chamados de e-reader, que são
leitores digitais capazes de exibir com uma boa experiência livros
digitais, os e-books. O Kindle é da Amazon, mas existem outros, como
Kobo e Lev.
O
e-reader Kindle tem tela sensível ao toque (as versões mais novas),
dicionário – você clica e segura por alguns segundos a palavra na
página que está lendo e o Kindle te dá a definição segundo o
dicionário, Wikipédia ou pode traduzir. Ainda é possível fazer
marcações no texto, anotações e compartilhar. Com tela
antirreflexo oferece uma experiência de livro muito similar aos
livros de papel. E o melhor, na versão Paperwhite tem uma tecnologia
(ou bruxaria) de iluminação interna, que não é direcionado para
os olhos, como são os celulares e tablets. Ah, e tem wi-fi, é
possível acessar a loja Amazon e comprar um livro com um clique ou
enviar livros e arquivos por e-mail para o Kindle. E a bateria
carregada dura semanas, é sério.
A
Amazon já é conhecida nos países que atua, principalmente nos EUA,
como uma empresa inovadora. Tem uma embalagem incrível, o que
oferece uma excelente experiência de compra. Além de testar
novidades como a entrega feita por drones.
Eu
uso meu Kindle para muito mais que ler livro. Eu salvo arquivos
importantes que preciso consultar, material que preciso revisar, além
do dicionário – como é incrível ter o Kindle à mão como
dicionário. Minha biblioteca de livros também não é pequena e
cada um dos títulos com as inúmeras marcações que fiz diante de
uma informação que considerava importante é sempre um participante
importante nos cafés filosóficos.
Sempre
na bolsa ou na cabeceira da cama, um dia meu Kindle não ligou. Sim,
o meu Kindle quebrou. E agora?
Foi
difícil acreditar que ele não ligava. Nenhuma tentativa de
carregar, reiniciar, e qualquer outra instrução do site da Amazon
foi suficiente para que meu Kindle funcionasse. Foi um dia negro na
minha vida o dia que meu Kindle quebrou.
Eu
precisava falar com alguém sobre isso e procurei o atendimento no
site da Amazon. Lá, no site, existe uma página para atendimento
onde o usuário preenche um formulário apresentando o cenário do
problema e escolhe o modo de atendimento, que pode ser por e-mail ou
telefone. Eu optei por telefone, porque eles disseram que me
ligariam.
Ao
digitar o número do celular pode-se escolher por “ligar daqui 5
minutos” ou “ligar agora”. Eu estava desesperado, carente e
precisando de atenção, afinal, meu Kindle tinha quebrado. Cliquei
em “ligar agora”, nem tinha soltado o mouse quando o celular
tocou. O processo de atendimento da Amazon é metafísico, só pode.
O
serviço de atendimento não é brasileiro, mas Gisele, a atendente
que me ligou, fala bem o Português, conseguimos nos entender
perfeitamente. Gisele abraçou minha dor, viramos amigos. Ela me
instruiu fazer algumas outras tentativas de ressuscitação, mas sem
sucesso. Era preciso carregar o aparelho por uma hora, como parte do
processo de atendimento. Gisele assumiu o compromisso de me ligar
depois deste período, e ligou. Mas não resolveu, meu Kindle não
ligava. Gisele disse que me passaria para uma amiga dela, de um
departamento mais técnico. Foi Sofia quem falou comigo neste
departamento mais técnico, e já estava por dentro de toda a trama.
Sofia
trouxe a triste notícia: Meu Kindle estava com sintomas que poderiam
ser dois problemas, um físico e outro de sistema, ambos precisariam
de uma averiguação técnica pessoalmente. Mas a Amazon não tem
assistência técnica no Brasil e o meu aparelho já não estava mais
na garantia.
Sofia,
atenciosa e amiga, como foi Gisele, como representante de uma empresa
que gosta de oferecer uma experiência de compra incrível, me disse
que se o meu aparelho estive na garantia eles me reembolsariam o
valor do Kindle em créditos para a compra de um novo ou em dinheiro.
Mas como o meu aparelho já não estava na garantia ela me ofereceu
um vale-presente de 80% do valor do Kindle, o que foi sensacional
para mim.
3
dias depois o meu novo Kindle chegou, ao custo de menos de cem reais
e com frete grátis. Se fosse qualquer outra empresa, com um aparelho
fora da garantia, se acaso conseguirmos pacientemente atendimento
pelo telefone, que teríamos que ligar, não resolveriam nada e nos
ofenderiam, como é toda empresa de telefonia ou grandes portais de
compra de materiais esportivos com nome de seres mitológicos. Mas
não a Amazon, a Amazon resolve.
Eu
soube de uma guria que teve problema com o Kindle ainda na garantia,
e conseguiu um novo. Mas é maior o número de pessoas com Kindle
perfeito, é um aparelho que não se vê dando problemas todos os
dias.
E
esta foi uma triste história de um Kindle quebrado e a solução
brilhante da Amazon.